segunda-feira, 16 de maio de 2011

Olho espelho


Hum... Hoje o assunto é um pouco diferente dos que costumo abordar. Eu estava deitada na cama, numa segunda-feira, fria e (pra variar) eu estava com preguiça, fato típico de uma segunda. E lendo um estudo sobre o ceticismo, razão e moralidade universais, e outro sobre a "arquitetura do espetáculo", sim, a China e sua evolução, com megaprojetos e uma reurbanização quase inacreditável e comecei a pensar, até que ponto nós podemos chegar para atingir nossos objetivos, do que abrimos mão e do que não abdicamos e o que nos leva a fazer as coisas de um modo ou de outro.
Nossa vida é toda marcada por paradoxos, críticas e falsos-júris. E apesar de inicialmente eu não ter tido o flash automático entre a evolução da China com a pauta da crítica e do "Olho Maligno" de uma determinada sociedade sobre outra, é fácil para qualquer um perceber que estamos acostumados a criticar atitudes, comportamentos e pensamentos alheios mas não usamos para nós mesmos os mesmos critérios e julgamento, para que mudamos até mesmo o juiz, situação coringa eu diria. Quero chegar ao ponto em que deixamos de ver quem somos, o que fazemos, PORQUE FAZEMOS, e onde queremos chegar com nossas atitudes... Não há projetos futuros sobre nós mesmos ! Buscamos apenas saber o que acontece ao outro... Certamente muitos conhecem a história da China, o período pós-socialista, do desvio da atenção popular das mazelas sociais causadas pelo processo de reurbanização, sabem do risco de suscitação de diversas formas de contestação popular aos discursos hegemônicos... Enfim, mas sabem quais os riscos que o Brasil corre em extinguir sua nação origem, de perder suas florestas e prejudicar ainda mais o meio-ambiente, ou das oportunidades de crescimento em ações da Vale, por exemplo, ou das possibilidades que o pré-sal pode oferecer, as consequências desses acontecimentos são apenas a pequeníssima parte de uma infinidade de outros fatos(ou futuros-fatos) que são importantes para nós, para criar um hábito de auto-crítica, que permita o crescimento maduro e a visão ampla dos erros para que atinjamos o topo, ou pelo menos para que haja uma melhoria própria.

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